A recuperação notável da população de gorilas das montanhas no Ruanda está sendo testemunhada após décadas de enfrentamento de ameaças humanas. Anteriormente ameaçados pela caça furtiva, conflitos armados e doenças, esses primatas estão agora florescendo devido aos esforços dedicados à conservação.

No coração da Serra de Virunga, guardas florestais lideram um grupo através da floresta tropical em busca de uma das espécies mais ameaçadas do mundo: o gorila da montanha. Apesar das condições climáticas desafiadoras, o grupo avança sob a orientação de Patience Dusabimana, uma guia experiente de gorilas.

Dusabimana compartilha informações valiosas sobre a interação com essas criaturas majestosas, alertando: “Se você ouvir um dorso prateado fazendo o ‘ah’… você deve prestar atenção. Se ele tossir, não se aproxime; ele quer que você recue.”

No interior da floresta, o grupo avista os gorilas, e Dusabimana, que trabalha com essa família há duas décadas, expressa seu espanto pela estreita relação deles com os humanos. Apesar da semelhança genética, esses gorilas enfrentaram ameaças de caçadores furtivos e conflitos na República Democrática do Congo.

Em 2008, a IUCN estimou que apenas 680 gorilas-das-montanhas ainda existiam na natureza. No entanto, esforços recentes mostram uma virada positiva. “No censo de 2018, havia 1.063 gorilas das montanhas. A população está crescendo, está aumentando”, observa Dusabimana.

Iniciativas de conservação, como patrulhas contra a caça furtiva e a remoção de armadilhas, contribuíram para o florescimento da população de gorilas. O último incidente de caça furtiva de gorilas no Ruanda ocorreu em 2002, marcando um marco significativo no sucesso da conservação.