Jasmine Kabandana, 26 anos, participando de um painel de discussão sobre a luta contra a negação do genocídio durante a edição de julho de 2022 do Ruanda Youth Tour no hotel Lemigo.
Jasmine Kabandana, uma graduada em economia de 26 anos da Bélgica, está entre os mais de 60 jovens ruandeses da diáspora que participam da terceira sessão do Rwanda Youth Tour, que começou na segunda-feira, 10 de julho. Kabandana, impulsionada por um profundo desejo de contribuir para o desenvolvimento de seu país, faz parte de uma iniciativa que co-fundou em julho de 2021.

A turnê de duas semanas visa proporcionar aos jovens ruandeses da diáspora uma compreensão da história e visão do país, promovendo uma reconexão com sua terra natal. Através de visitas, discussões em painéis e interações com vários stakeholders, os participantes descobrem as oportunidades que Ruanda oferece e adquirem uma compreensão abrangente de sua jornada ao longo dos últimos anos.

Durante este evento, os participantes visitarão diferentes partes de Ruanda, explorando sua história e cultura. O itinerário inclui visitas a cada província, exploração da trilha da libertação em Nyagatare e Gicumbi, uma visita ao palácio do rei em Nyanza, ao Parque Nacional de Akagera, às cavernas de Musanze e ao Lago Kivu. Além disso, os participantes se reunirão com autoridades seniores da Polícia Nacional de Ruanda, visitarão o Memorial do Genocídio de Kigali e interagirão com representantes da Junta de Desenvolvimento de Ruanda (RDB) para explorar as oportunidades no país.

Kabandana, que reside na Bélgica desde os quatro anos de idade, participou do Itorero Indagamirwa 2016, uma experiência transformadora que serviu como um despertar para ela. Ela percebeu uma lacuna significativa em seu conhecimento sobre a cultura, história, visão e oportunidades de seu país.

“Essa experiência acendeu em mim um profundo interesse em contribuir mais, aprender mais e ser mais para o meu país. Infelizmente, muitos jovens ruandeses que crescem no exterior enfrentam uma situação em que seus pais não transmitem valores e cultura ruandeses. Embora haja várias razões para isso, isso inevitavelmente cria uma distância entre os jovens no exterior e sua terra natal”, compartilhou ela com The New Times em um sábado, 8 de julho.

Motivada por sua experiência de três semanas no Itorero, Kabandana, juntamente com sua irmã, Jessica Kabandana, e o amigo Kennedy Bizimana, iniciou eventos pós-trabalho na Bélgica para que os jovens ruandeses pudessem fazer networking e compartilhar suas trajetórias profissionais. O sucesso desses eventos levou à formação de uma equipe oficial, organizando várias atividades para diminuir a distância cultural para os jovens ruandeses no exterior.